[Missões] Brooke

Brooke saiu de sua casa com um pergaminho em mãos, nele continha os detalhes de sua primeira missão rank D, cumprimentou seus simpáticos vizinhos da casa ao lado contando-lhes a novidade, seu sorriso não parecia querer sair de sua boca tão cedo. Caminhou decididamente até o endereço indicado, não foi difícil achá-lo, mas o verdadeiro desafio seria achar a chave que ela jurava ter colocado no bolso antes de dar tchau pra seus pais. Deu a volta na floricultura que segundo sua missão deveria tomar conta, tentou achar alguma porta dos fundos, mas não havia nada nem ao menos uma chave extra escondida entre alguma rachadura ou em cima da porta de entrada. A verdade era que Bro começava a desesperar e o canto de seus olhos lacrimejaram por um só momento, soltou um suspiro desanimado checando novamente os bolsos, se xingou momentaneamente ao perceber que a chave estava lá o tempo todo. "Bem, é sempre preciso alguma movimentação antes de realmente começar uma missão." Disse pra si com uma voz aliviada e livre de desespero.
Abriu a loja sentindo o cheiro das diferentes flores ali contidas, seu corpo estava bem mais leve que antes, pensou que talvez fosse por isso que a dona do local não queria fecha-lo totalmente para seguir seu caminho somente como médica. Aquele lugar era realmente um paraíso, tirou de sua bolsa um livro grosso sobre flores, seus significados e histórias. Posicionou-se atrás do balcão colocando o livro aberto em uma página qualquer a espera de algum freguês. Os primeiros perguntaram pela dona já os outros perceberam o quão ela precisava de ajuda por agora ser uma médica e já não ter tempo para sua loja.
No final do dia sentiu como cansativo poderia ser cuidar de uma floricultura, se divertiu bastante, porém não se via presa naquela loja por toda sua vida. A dona lhe agradeceu imensamente por seus serviços e assim pode ir embora pra sua casa e descansar por um momento até sua próxima missão.

Dois dias se passaram desde sua primeira missão como Kunoichi, decidiu que precisava de mais experiência e alguma prática com jutsus que aprendera. Acordou com disposição tomando seu café da manhã enquanto contava para seu pai sobre ir para uma missão mais arriscada. Ele, como sempre, escutou-a com um sorriso no rosto orgulhoso de sua filha, aconselhou-a que em qualquer missão que pegue - perigosa ou não - ela deveria manter-se sempre de guarda alta. Nunca se sabe o que pode acontecer, concluiu. Brooke acenou animada com a cabeça terminando seu café e levando os pratos à pia. Abraçou seu velho pai que bagunçou de leve seus roxos cabelos soltos, foi para seu quarto arrumando-se com calma. Depois de colocar suas bolsas ninjas e uma de suas kunais de três pontas presa á seu short, saiu de sua casa em direção á central de missões de Kiri. Um homem alto de olhos claros a atendeu. Explicou sua missão resumidamente dizendo que teria de encontrar e enfrentar um grupo de bandidos que estava roubando os moradores das pequenas vilas próximas. Entregou-lhe um pergaminho contendo um mapa de onde deveria ir, uma vila vizinha que segundo ele seria a próxima atacada. Passou novamente em casa pegando uma mochila com suprimentos para a viagem. Iniciou sua caminhada após dar um breve adeus a seus pais.
Chegando nos extremos da vila e a entrada a outra, Brooke diminuiu o passo olhando para os lados, qualquer sinal de movimentação seria uma pista. A névoa estava densa naquele local então dificultava sua visão. Ouviu gritos agudos assim que entrou na pacata vila e segundo seu informante, além de saquearem os bandidos atacavam quem decidia dar-se de herói. Correu pulando nas casas e seguindo o barulho com seus aguçados ouvidos. Jogou o peito para frente e seus braços para trás aumentando a velocidade em que corria, quebrou a porta do que parecia um dojo e encontrou os culpados, pelo que vira eram no total de quatro, amadores que não sabiam ao menos o que era um dojo e que não o local não possuía dinheiro algum. Um mantinha uma kunai presa ao pescoço de um senhor de idade, os outros destruíam os locais como animais.
Os bandidos a olhavam com uma expressão escura mas a kunoichi não estava preocupada com isso, só pensava ter ouvido mais de um grito que aquele homem não seria capaz de tanto barulho. Percebeu que olhavam para diferente kunai em sua mão, seus olhos brilhavam provavelmente pensando que poderiam troca-la por uma rara recompensa. “Largue o senhor.” Ordenou fingindo-se pacifista e colocando sua arma no chão utilizando seu chakra disfarçadamente para sentir a presença de mais alguém, contou quatro, cinco, seis, sete, treze. Treze. Os alunos, Brooke pensou, pode ver a preocupação nos olhos do velho. Por um momento o homem que prendia o refém o largou do aperto, resultando em uma fuga não planejada. Estavam prestes a atacá-lo quanto foram atingidos, cada um, por duas senbons envenenadas. A partir daí estavam todos no chão. Dois deles se levantaram com dificuldade e correram em direção á kunoichi que esquivou-se de seus socos jogando seu corpo para trás, desferiu um chute na barriga de um causando a queda do outro que estava atrás.
Sensei Koshi como era conhecido o dono do dojo correu para uma porta onde quando a abriu podia ver os alunos em silêncio e com lágrimas nos olhos. Brooke sorriu tristemente, o mundo não deveria ser assim tão cruel com aqueles que mal chegaram. Alguns homens ajudaram a retirar os corpos dos mal-feitores que em seguida foram amarrados e mandados diretamente para Kiri. Todos a agradeceram formalmente após do senhor ter acalmado as crianças, Brooke sorriu acenando um adeus com a cabeça.

Até o momento Brooke concluiu com sucesso duas missões, mas não estava feliz consigo mesma, precisava de mais para que pudesse enfrentar os verdadeiros inimigos que a esperavam para serem derrotados. Voltou ao centro de missões onde uma jounnin que desconhecia explicou o objetivo de sua missão a qual o kage a convocara. Resumidamente houve um desaparecimento de quatro ninjas no retorno de suas missões então teria de resgatá-los e aniquilar quem se meter-se no caminho. A kunoichi completou lhe informando que teria de ir á fronteira norte do país para que começasse a procurar pistas.
Arrumou sua mochila de utensílios e correu ao norte. Parou para descansar por um momento e olhar em voltar, lá não era exatamente o local em que a equipe sumira mas próximo. Observou fumaça vindo da parte interior de uma floresta. Resolveu checar se havia alguém ali, afinal poderia fazer algumas perguntas que poderiam ser de grande ajudar. Pulou de galho em galho procurando ser o mais invisível possível, chegando no local viu apenas uma fogueira já apagada o que explicaria o excesso de fumaça que vira. Estava prestes a continuar sua jornada quando ouviu passos rápidos em sua direção, o vento batia forte e seus cabelos esvoaçavam no ar. Pulou em menos de um segundo antes de que fosse atingida por uma kunai tacada por um ninja que agora fugia em direção á profunda floresta. O perseguiu sem perder tempo sacando uma kunai normal, porém envenenada atingindo-o bem no meio de suas costas, deixou que caísse no chão no leito de morte para que pudesse ver aonde esse ninja chegaria. Correu mais um pouco só para assim ouvir vozes altas e duras, como se estivessem em um desentendimento de família. Brooke manteu seus olhos nos homens rolando no chão até perceber quatro ninjas amarrados e amordaçados em um tronco. Lá estava a razão de sua missão, decidiu não esperar que os ‘rapazes’ terminassem aquela lutinha e pulou do tronco com impulso de seu chakra chutando a cara de um deles. Assim que pisou no solo deu um soco no estômago do outro e um gancho de esquerda no que estava prestes a lhe atacar, revidaram todos utilizando kunais enferrujadas, a kunoichi sacou sua arma de três pontas defendendo-se dos previsíveis ataques e desferindo um profundo corte no pescoço de cada.
Desamarrou os ninjas que a agradeceram e partiram direto para suas vilas.

Brooke encontrou-se saindo novamente de sua vila natal para mais uma missão Rank C, enquanto caminhava lia o pergaminho com os detalhes da mesma. Nela estava inscrito que vilas inimigas, grupos de ninjas renegados e clã se reuniriam secretamente para armar planos contra Kiri e seus aliados. Basicamente sua função seria descobrir o local, espionar e descobrir tudo sobre as estratégias e os últimos planos dos inimigos.
Foi á vila onde houve mais ocorrência de ninjas que se declararam independentes, fez diferentes perguntas ao moradores locais afim de achar alguma coisa que pudesse usar como uma pista. Uma velha senhora sentada em uma confortável cadeira de balanço a parou quando estava prestes a partir para outro local. Segurou forte a blusa que Brooke usava olhando-a com seus pacatos olhos disse. “Minha filha... tome cuidado” A kunoichi deu-lhe toda a atenção quando ela continuou. “Meu neto me contou que no subterrâneo de uma caberna iria destruir tudo o que não merecia a vida, é provável que ele tenha ficado louco!”
Após a súbita informação que surpreendentemente partiu de uma pequena senhora já no limite de sua idade, Brooke tardou de correr até a mais escondida caverna a qual poderia pensar, estava quase suplicando para que não tivesse sido enganada. Escutou falações escoando pela entrada da caverna que novamente para sua surpresa, não estava cheia de armadilhas ou coisas assim. Concentrou deu chakra na palma da mão em seguida a tocando no chão, sentiu a presença de dez apenas. Pensou que poderiam ser somente os lideres do movimento. Chegou mais perto procurando não fazer barulho algum até que pode ouvir nitidamente o que falavam. Coisas sobre atacar ao anoitecer mas esperar até que todos os preparativos estivessem prontos. Citaram invocações que lhe pareceram a maioria de rank B e no término da reunião finalmente falaram a data marcada para cada ação. Guardou tudo em sua memória e saiu pulando de arvore em arvore como se nada tivesse acontecido. Reportou todas as informações para um jounin que escrevia todos detalhes que contava. Com um aperto de mão entre eles e o carimbo oficial de sua vila, o trabalho de Broo estava completo.